No último dia 15 de novembro (ontem), o ex-presidente americano, Donald Trump (GOP), derrotado em sua reeleição em 2020, anunciou que concorrerá novamente ao cargo de presidente da república dos EUA. No Brasil, tivemos no último mês as eleições federais que terminaram, pelo menos por enquanto, com a derrota do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Mas esses dois personagens tem muitas outras coisas em comum, por exemplo, são alvos ambulantes.
Trump e Bolsonaro com alvos em seus corpos. |
Inegavelmente Bolsonaro e Trump são duas figuras políticas que destoam completamente do status quo, ambos atingiram o posto político mais elevado, a presidência da república, em suas nações, Brasil e EUA respectivamente, seguindo uma trajetória, para não dizer idênticas, semelhantes, sendo a diferença única, 2 anos de distância temporal.
Donald Trump, o mega empresário correu as eleições de 2016 contra todas as possibilidades políticas. Viajando pelo país e usando efetivamente as redes sociais angariou uma multidão de apoiadores e uma indicação ao cargo pelo grande Partido Republicano. Motivo de chacota e de desacreditado por pesquisas eleitorais (todas apontavam uma grande derrota dele), o estreante na política venceu o pleito e tornou-se o presidente da nação mais rica e poderoso do mundo moderno.
Jair Bolsonaro, o ex-militar e político do baixo clero do Congresso Nacional brasileiro, em 2018, também contra todas as possibilidades políticas e com a mesma estratégia, viagens pelo país e uso eficiente das redes sociais, reuniu milhões de apoiadores e uma indicação partidária, PSL, para concorrer ao cargo do executivo federal. Sofreu as mesmas chacotas e também não era o favorito segundo as pesquisas eleitorais, concorreu, e quebrou uma hegemonia de décadas no poder dos socialistas do PT, PSDB e MDB.
Ambos, desde o primeiro dia dos seus mandatos não tiveram um segundo de "paz" no seu trabalho, o que é algo bom, ou deveria, caso essa "vigilância" não passasse de uma reação do sistema a esses dois corpos estranhos. As políticas promovidas em campanha e no mandato eram de cunho liberal e conservador, e por em prática essa agenda colocou em cheque todo um sistema de poder muito bem estabelecido. Não me alongarei nesta descrição, mas, devo citar a mais implacável das instituições quem compõe esse Sistema podre, a Grande Mídia, que são os grandes (e até pequemos) meios de comunicação que vivem e sobrevivem da promoção da agenda e a manutenção dos donos do poder, no poder. Também não vou alongar-me nesse tópico, pois falar que há muita gente que lucra com a miséria alheia e o caos entre os povos, renderá a mim a pecha de lunático. O fato é que as "vitórias", mesmo em tempos de grande dificuldade como durante a pandemia do Covid19, dos dois mandatários, quase que nunca eram celebradas, noticiadas, apresentado ao povo. Mas seus escorregões, devo confessar que houveram vários, e fracassos eram transformados em novelas midiáticas desleais e terminavam por criar e normalizar o ódio a essas figuras, basta ver os adjetivos que extrapolaram o rotulo de "pejorativo" empregado a eles.
Mesmo com bons números a apresentar em 2020, o então presidente Trump perde a corrida para sua reeleição, mesmo ganhando maioria no congresso, em pleito conturbado e rodeado de muitas suspeitas de fraude eleitoral. No hemisfério sul, este ano, 2022, em uma eleição carregada de suspeitas e interferência do poder Judiciário, também ganhando a maioria do congresso, o mesmo resultado ocorreu ao presidente Bolsonaro, apesar dos bons números do governo que tinha a apresentar.
A pergunta que fica é: E agora José?
Bem, o sistema fez de tudo para expurgar esses dois indivíduos da política. Nos EUA, após deixar a presidência, Trump não foi esquecido e ainda sofre diversas acusações, especialmente judiciais, o objetivo é prender o ex-presidente e assim o eliminar definitivamente. Até o momento, essa estratégia não foi concluída, e nas eleições De Meio do Mandato, há alguns dias, consolidou-se um congresso de maioria trumpista, assim culminando em seu recente lançamento à corrida eleitoral de 2024.
No Brasil o mesmo ocorrerá, o objetivo será prender o presidente Bolsonaro, não importa o motivo. Se conseguirão ou não, ainda não sabemos. Mas a projeção é que agora JB assuma sua posição de líder da oposição, fortaleça sua base, especialmente usando as eleições municipais de 2024, e então, em 2026, possa também eventualmente concorrer ao cargo novamente.
Continuemos a assistir o que ocorre nos EUA para projetar o que ocorrerá no Brasil no que diz respeito a esses dois ilustres personagens que para sempre marcarão a história mundial.
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