O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista ao Programa Pânico, que marcava a estreia da Jovem Pan News, canal fechado do Grupo Jovem Pan, ao ser provocado por um dos apresentadores, André Marinho, abandonou a entrevista e gerou um clima bastante desagradável
Além de sair no meio da entrevista, o presidente resolveu fazer uma série de críticas ao pai do jovem e desejou que não aparecesse mais na tela, ou seja, não participasse da entrevista.
André Marinho e seu pai, o empresário Paulo Marinho, foram aliados do presidente durante a campanha de 2018, cedendo inclusive a casa para gravação de programas da campanha eleitoral, mas após a eleição por desentendimentos entre eles - que até o momento não sabemos de fato os reais motivos - ambos se afastaram e passaram a ser inimigos declarados.
O que chama a atenção nesse episódio não é a provocação do André Marinho e sim a falta de frieza necessária a um presidente da república. O presidente com isto deu munição aos seus críticos. Ele deveria ter agido de forma fria, teria vencido as ironias deselegantes do entrevistador, mas ao sair da forma que saiu, fez o que André Martinho desse a famosa lacrada, que era o objetivo dele. Aí, logo em seguida estava estampada a discussão em todas as capas dos principais jornais do país, que como se sabe, fazem o oposição ao presidente.
Espero que Bolsonaro entenda de uma vez por todas, que ao fazer jogo dos seus adversários, não estará prejudicando apenas o governo dele, mas os conservadores e o país como um todo. É preciso que ele entenda que representa mais que um governo transitório.
Fica patente que o sangue quente italiano do presidente Jair Bolsonaro tem trazido grandes problemas, de modo que, seria melhor ele ter a frieza dos ingleses, pois, existem momentos que calar ou refutar com tranquilidade e serenidade tem efeitos mais positivos do que agir com o fígado.
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