A despeito de a “Terceira Guerra Mundial” ser um exagero das redes sociais, a morte do general iraniano Qasem Soleimani (comandante da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã) tem uma importância geopolítica que não se pode desconsiderar, pois, interfere na economia, na questão nuclear e tem potencial para gerar ainda mais instabilidade ao Oriente Médio, região já tão abalada por conflitos diversos.
O Brasil precisa ficar atento e tomar algumas providências com relação a sua segurança interna e de fronteiras. A inteligência, sobretudo por meio do GSI ABIN, etc., precisam mostrar serviço. O Irã é aliado da Venezuela (inimiga dos EUA). A Venezuela, nosso país vizinho e fronteiriço, tem se mostrado bastante hostil ultimamente, de modo que, a atenção a estes movimentos do Irã e Estados Unidos deve ser redobrada, visto que, neste grande tabuleiro muitas peças podem ser mexidas.
É importante considerar que o irã costuma atacar seus inimigos por meios indiretos. Ataca os aliados dos EUA como por exemplo, Israel e Arábia Saudita (Veja o caso recente dos ataques a refinaria) utilizando grupos terroristas tais como: Hezbollah (Líbano), Hamas (Palestina) Houthis (Iêmen) que são financiados e treinados diretamente por Teerã.
O Brasil tem laços históricos com os americanos e com o estado de Israel. Estes laços se estreitaram ainda mais após a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ademais, não se deve esquecer que os iranianos, por meio das articulações do general Qasem Soleimani, foram responsáveis pelo maior ataque terrorista ocorrido em solo argentino. O ato que fora deflagrado em Buenos Aeires (1994) e que levou a morte de 85 pessoas da comunidade judaica também deixou dezenas de feridos e teve a assinatura do general abatido pelas ordens de Donald Trump.
Outro fato que deve deixar o Brasil de olhos bem abertos é que em 2018 a Marinha iraniana ensaiou uma articulação com os militares venezuelanos² e sabemos que não apenas o Irã, mas também China e Rússia dão apoio ao regime bolivariano de Nicolás Maduro, inclusive, este é sem dúvida um dos motivos do mesmo ainda está de pé.
Essa maior aproximação do governo brasileiro com o dos EUA e de Israel já elencada acima, deve ser levada em conta no que se refere à posição geopolítica do Brasil no mundo, porém, deve ser feita sem alarmismo e considerada com muito cuidado, pois, embora tenhamos boas relações com o Irã - e é importante o Brasil mantê-las - não custa nada tomar as devidas providências, ou seja, não devemos ficar contra ou a favor do Irã e nem EUA e sim em defesa dos princípios da paz e repúdio ao terrorismo, posto que estes sejam os fundamentos atemporais que guiam nossa pátria.
Não podemos de forma alguma, por meio do Itamaraty tomar decisões infantis de cunho ideológico e sim sermos sensatos e pensarmos na segurança nacional, paz mundial e relações comerciais com os países envolvidos.
O Itamaraty deve usar sua tradição diplomática para ajudar a combater o terrorismo no mundo e nunca para ser um “anão diplomático” ou “vassalo de grandes potências” que tem interesses alheios aos interesses nacionais.
Destaco ainda que de uma coisa nunca devemos nos esquecer: não buscar conflitos com outros povos nunca pode ser confundido com pacifismo barato ou sucateamento das Forças Armadas, afinal como recomendava o escritor romano Flávio Vegécio “si vis pacem para bellum” (Se você quer a paz, prepare para a guerra). Isso significa que a paz é o nosso Norte, mas essa paz precisa ser garantida por meio de Forças Armadas fortes.
Espero que o atual e os próximos governantes do Brasil se atentem a essa questão tão importante para a defesa nacional, a saber, o zelo com a diplomacia e a manutenção de Forças Armadas preparadas. Que possamos manter os nossos princípios constitucionais de não intervir nos territórios alheios, mas ao mesmo tempo ter condições de reagir caso sejamos de alguma forma incomodados seja por quem for.
Fontes bibliográficas
Fonte: 1. Constituição Federal do Brasil. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >Acesso em: 06 de janeiro de 2019.
Fontes 2: Defesa Área e Naval. Irã anuncia que enviará navios de guerra para a Venezuela. Disponível em:< https://www.defesaaereanaval.com.br/geopolitica/ira-anuncia-que-enviara-navios-de-guerra-para-a-venezuela >Acesso em:06 de janeiro de 2019.
Foto: DW.COM |
No tocante ao lugar do Brasil no cenário geopolítico, é fundamental compreendermos que o nosso país não pode se meter em guerra alheia como muitos incautos querem, em razão, primeiramente, de que a guerra nada de bom traz, pois como diz a letra do hino do nosso exército: “A paz queremos com fervor. A guerra só nos causa dor”! Então cabe a nós, os brasileiros, torcemos para o conflito que ocorre (mesmo sem uma deflagração de guerra aberta entre os dois países em questão) ter uma solução pacífica e, sobretudo, que nosso presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha sabedoria ao lidar com esta questão de suma importância para a economia e paz mundial.
A nossa Constituição Federal de 1988¹ se pauta, entre outros princípios, pelo da “não intervenção”; “autodeterminação dos povos”; “solução pacífica dos conflitos”; e “defesa da paz”. Isso tudo que está presente no artigo 4º da Carta Magna (goste-se dela ou não) já é suficiente para entender qual nossa posição em termos militares e geopolíticos.
É importante, porém, destacar que nosso país também se guia pelo princípio do “repúdio ao terrorismo e ao racismo” de modo que cabe a nossa diplomacia (por meio do Itamaraty) e autoridades constituídas, serem firmes no tocante a declarar com vivacidade a posição brasileira referente a esse flagelo que assola a humanidade, porém, ao expressar a posição do país nunca pode fazê-la de maneira ambígua ou tomando partido de nação A ou B, bem como, a partir de interesses políticos, ideológicos ou comerciais, posto que isso contrariaria a nossa "independência nacional", outro princípio presente no artigo 4º e que nos é muito caro enquanto Estado soberano.
Diante de tal a realidade imposta pela nossa Constituição Federal 1988 devemos igualmente estar preparados para qualquer hostilidade venha de onde vier! Nossas Forças Armadas precisam urgentemente serem resgatadas, equipadas com o que existir de melhor em termos de tecnologia e estratégias militares, pois, governos brasileiros, reiteradamente, cometeram crime de lesa-pátria ao deixarem Exército, Marinha e Aeronáutica nas condições em que se encontram.
Foto: RICMAIS.COM |
É importante, porém, destacar que nosso país também se guia pelo princípio do “repúdio ao terrorismo e ao racismo” de modo que cabe a nossa diplomacia (por meio do Itamaraty) e autoridades constituídas, serem firmes no tocante a declarar com vivacidade a posição brasileira referente a esse flagelo que assola a humanidade, porém, ao expressar a posição do país nunca pode fazê-la de maneira ambígua ou tomando partido de nação A ou B, bem como, a partir de interesses políticos, ideológicos ou comerciais, posto que isso contrariaria a nossa "independência nacional", outro princípio presente no artigo 4º e que nos é muito caro enquanto Estado soberano.
Diante de tal a realidade imposta pela nossa Constituição Federal 1988 devemos igualmente estar preparados para qualquer hostilidade venha de onde vier! Nossas Forças Armadas precisam urgentemente serem resgatadas, equipadas com o que existir de melhor em termos de tecnologia e estratégias militares, pois, governos brasileiros, reiteradamente, cometeram crime de lesa-pátria ao deixarem Exército, Marinha e Aeronáutica nas condições em que se encontram.
Foto: Pensador.com |
Foto: ACRÍTICA.COM |
O Brasil tem laços históricos com os americanos e com o estado de Israel. Estes laços se estreitaram ainda mais após a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ademais, não se deve esquecer que os iranianos, por meio das articulações do general Qasem Soleimani, foram responsáveis pelo maior ataque terrorista ocorrido em solo argentino. O ato que fora deflagrado em Buenos Aeires (1994) e que levou a morte de 85 pessoas da comunidade judaica também deixou dezenas de feridos e teve a assinatura do general abatido pelas ordens de Donald Trump.
Outro fato que deve deixar o Brasil de olhos bem abertos é que em 2018 a Marinha iraniana ensaiou uma articulação com os militares venezuelanos² e sabemos que não apenas o Irã, mas também China e Rússia dão apoio ao regime bolivariano de Nicolás Maduro, inclusive, este é sem dúvida um dos motivos do mesmo ainda está de pé.
Foto: DEFESANAVAL.COM |
Não podemos de forma alguma, por meio do Itamaraty tomar decisões infantis de cunho ideológico e sim sermos sensatos e pensarmos na segurança nacional, paz mundial e relações comerciais com os países envolvidos.
O Itamaraty deve usar sua tradição diplomática para ajudar a combater o terrorismo no mundo e nunca para ser um “anão diplomático” ou “vassalo de grandes potências” que tem interesses alheios aos interesses nacionais.
Destaco ainda que de uma coisa nunca devemos nos esquecer: não buscar conflitos com outros povos nunca pode ser confundido com pacifismo barato ou sucateamento das Forças Armadas, afinal como recomendava o escritor romano Flávio Vegécio “si vis pacem para bellum” (Se você quer a paz, prepare para a guerra). Isso significa que a paz é o nosso Norte, mas essa paz precisa ser garantida por meio de Forças Armadas fortes.
Espero que o atual e os próximos governantes do Brasil se atentem a essa questão tão importante para a defesa nacional, a saber, o zelo com a diplomacia e a manutenção de Forças Armadas preparadas. Que possamos manter os nossos princípios constitucionais de não intervir nos territórios alheios, mas ao mesmo tempo ter condições de reagir caso sejamos de alguma forma incomodados seja por quem for.
Fontes bibliográficas
Fonte: 1. Constituição Federal do Brasil. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm >Acesso em: 06 de janeiro de 2019.
Fontes 2: Defesa Área e Naval. Irã anuncia que enviará navios de guerra para a Venezuela. Disponível em:< https://www.defesaaereanaval.com.br/geopolitica/ira-anuncia-que-enviara-navios-de-guerra-para-a-venezuela >Acesso em:06 de janeiro de 2019.
O Brasil e sua posição geopolítca frente a tensão EUA-IRÃ
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