A imprensa e sua torpe ignorância do cotidiano brasileiro

 Fonte: Recadox.com.

A imprensa brasileira tem demonstrado, sistematicamente, quão ignorante é a respeito do cotidiano da maioria dos brasileiros. Não é segredo para ninguém, que boa parte da grande mídia do país e até mesmo, segmentos ditos independentes, o uso forçado de militância político-ideológica disfarçada de jornalismo. Essa tão importante e necessária área, que tem como responsabilidade, informar a população sobre diferentes assuntos, com o máximo de isenção e respeito, tem feito o oposto, haja vista que, a desinformação tem sido a sua marca. Parece que a chamada "pós-verdade" se tornou uma marca tão forte que muitos não conseguem distinguir uma versão fantasiosa de um fato crível

Nesses tempos de paixões político-ideológicas exacerbadas, fica mais evidente, o papel torpe de segmentos  importantes da grande mídia, pois, com a intencionalidade de afetar determinados grupos políticos ou correntes do pensamento, que se chocam com as ideias dominantes em determinadas redações, esses mestres do engano, falseiam a verdade e são os maiores propagadores das fake news que tanto dizem combater.



Não se deseja uma mídia que agrade a A ou B, espera-se um jornalismo que se atenha aos fatos, que investigue, que dê espaço ao contraditório e que acima de tudo, trabalhe pelo jornalismo e não por determinadas agendas políticas a tal ponto de falsear os fatos ou darem a eles versões insustentáveis, pois se o desejo é atuar politicamente, o correto seria montar um partido ou então se filiar a um já existente ou quem sabe, participar de um "movimento social" e não fingir ser um jornal, TV ou rádio noticiosos quando em verdade não o são, pois, disfarçam o que realmente desejam, ou seja, realizar propaganda política em favor de determinados grupos e em desfavor de outros, usando todo tipo de práticas tendenciosas e por vezes, apelando até para mentiras deslavadas.

O enorme volume de "fake news" propagada pelos veículos de comunicação (rádios, TV, jornais, revistas, portais na internet, etc) que, inegavelmente, é um desserviço a liberdade de imprensa, posto que, ter liberdade de exprimir ideias e informações, é algo fundamental, porém, utilizar-se desta liberdade para mentir, difamar, caluniar pessoas, grupos ou instituições é desvalorizar esta tão importante conquista histórica, é assustador!



Não se viu em décadas um jornalismo tão tacanho como o atual, se antes, em tempos não tão distantes, os jornalistas se preocupavam em realizar uma investigação mais acurada dos fatos noticiados, parece que atualmente, a vontade de "dá um furo" de "jogar uma bomba" no colo do grande público se tornou mais importante. A ética jornalística tem sido, sistemicamente, desrespeitada e os meios de comunicação estão cada vez mais, rezando na cartilha do politicamente correto.   

Essa praga PC como denomina o filosofo Luiz Felipe Ponde, as práticas do politicamente correto, é uma marca do jornalismo atual, que com isso demonstra, o desconhecimento da realidade do país. Atestam assim que vivem em uma bolha ideológica, enquanto que o brasileiro real, o que se chama de Brasil profundo, o povão, está alheio a essas vãs ideologias.



Nesse sentido pode se verificar que a grande mídia  em seu desconhecimento da realidade do que se passa no cotidiano do Brasil, aborda temas que são periféricos e pouco relevantes para a vida da população em geral. Por exemplo, temas que se referem a legalizar o uso da maconha e outras drogas; o aborto; a troca de sexo (isso é possível?); o combate a homofobia; gordofobia; machismo; feminismo; bullying  entre outros temas que são destacados, como se estivessem no mesmo pé de igualdade ou até em grau de mais importância de assuntos relacionados à segurança pública; saúde; educação; geração de emprego e renda; ciência e tecnologia; agronegócio; fontes de energia renováveis; meios modernos de transportes; indústria; comércio exterior; relações internacionais entre muitos outros que poderiam ser citados.

Ao priorizar temas periféricos e não dá o espaço devido aos grandes problemas do país, a imprensa presta um péssimo serviço, pois, os temas importantes que poderiam ser debatidos e não o são, ficam distantes de uma resolução, pois, se nem mesmo são discutidos, como poderão ser entendidos e assim encontrar para eles uma solução? Fica difícil, muito difícil mesmo.

Ademais, vale ressaltar que, ao equiparar temas que se quer deveriam ser discutidos em um debate político ou mesmo em meios de comunicação, dado a sua irrelevância, a imprensa contribui e muito para o atraso do país. Com isso, obviamente, não se deseja demonizar a imprensa, pois, ela precisa ser livre até mesmo para dizer as idiotias que propaga, apenas se alerta ao fato de que, os meios de comunicação estão usando do seu espaço e da preciosa liberdade de imprensa, para propagar temas de baixíssima relevância social. Isso não é mera opinião de um articulista conservador, isto é um fato verificável no dia a dia da população que cada vez menos confia na grande mídia como fonte de informação. Isto é algo triste e preocupante.

Nas últimas eleições para presidente da república perdemos nosso tempo assistindo debates em que os candidatos tinham que se desviar dos grandes problemas, para poderem explicar se o"homem nasce homem ou se se torna homem", bem como, discorrer sobre as "'minorias" e suas reivindicações intermináveis.  A mídia dessa forma, perdeu a grande oportunidade de ajudar a realizar um discussão realmente séria e necessária a respeito dos grandes projetos econômicos, da geração de empregos, dos problemas ambientais, da violência que assola o país entre inúmeros outros assuntos que de fato são necessários serem debatidos, mas ao invés disso, cedem lugar à irrelevância de temas ditos "progressistas".

Somos vilipendiados todas as vezes que nos "obrigam" a ouvir que devemos"empoderar"as mulheres contra essa sociedade patriarcal (seja lá o que isso queira dizer). Perdemos chance de fazer um debate produtivo seja na imprensa em geral ou mesmo, nos espaços de discussão da política, como as universidades, institutos educacionais, câmaras municipais, assembleias legislativas, senado, etc., visto que, o tempo é todo gasto em nulidades que não nos trarão empregos, conhecimento e nem tampouco, segurança contra bandidagem que assola o país.. É necessário que o debate público brasileiro mude de rota, que saia dos temas periféricos e volte-se para os assuntos realmente que afetam a vida das pessoas.

O jornalismo tem um papel importante demais em uma sociedade livre, de modo que, ao se apequenar sendo mero instrumento de idiotização social, não cumpre seu real e preponderante papel, o qual seja, o de informar a população de forma isenta,  o que obviamente, não significa que os jornalistas não possam ter opinião, claro que podem, mas todas as opiniões devem ser calcadas na verdade e não em invencionices que servem para uma agenda político-ideológica e que não  são úteis a causa da imparcialidade que se deve ter com os fatos.
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