O dinheiro que não trouxe resultado

Eleições via de regra são caras, sem dinheiro não dá pra fazer campanha. É comum ouvir isso por parte dos interessados na política, principalmente os que estão iniciando suas carreiras sem um "padrinho político" para impulsionar suas trajetórias. Realmente fazer jornada eleitoral exige muito investimento, tempo, estratégia, marketing e um veículo de comunicação que possa servir como meio de ação para o candidato falar suas ideias ao público. Essa estrutura está nas mãos dos velhos políticos, isto é, as raposas velhas que detém grande influência em rádios, tvs e jornais de grande circulação. Essas famílias são classificadas em determinadas regiões do país como " coronéis", " castas" etc, é possível que elas sejam donas de toda mídia; com essa concentração de poder, a renovação política se torna mais difícil, isto é, uma democracia para poucos.


O TSE divulgou no último dia 15 prestação de contas parcial de candidatos e partidos. Vejamos os números:

Henrique Meirelles (MDB) é o candidato que mais dinheiro do próprio bolso tirou para sustentar sua própria campanha. Até agora, ele investiu R$ 45 milhões.
No ranking de despesas de Geraldo Alckmin (PSDB) destacam-se os programas de rádio e televisão (R$ 15,2 milhões) e a publicidade por materiais impressos (R$ 6,8 milhões). A quantia repassada chegou a R$ 50,7 milhões.

Fernando Haddad (PT), declarou ter gasto até agora apenas R$ 738 mil dos R$ 21,7 milhões disponíveis na conta da campanha. A maior despesa contratada até o momento foi com o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais, R$ 450 mil.

Ciro Gomes (PDT) em recursos arrecadados tem R$ 21,1 milhões na conta da companhia.

Campanhas milionárias, não é pra qualquer um. Mas quem lidera as pesquisas de intenção de votos? Jair Messias Bolsonaro (PSL). Quanto foi arrecadado pra campanha até o presente momento? R$ 998 mil reais. Qual o segredo usado por Bolsonaro para superar seus adversários na corrida presidencial? Redes sociais. O candidato sabendo da limitação financeira, ausência de um grande partido, sem fundo partidário, o Facebook e o Youtube se tornaram ferramentas poderosas nas mãos do presidenciável. Com o auxílio das mídias digitais, o capitão conseguiu atrair milhares de voluntários que se disponibilizaram para ajudá-lo na campanha. O resultado não poderia ser outro, foi um sucesso absoluto, em todo o país se formaram grupos dispostos a propagar as ideias do deputado. Isso assusta o establishment político e midiático que trabalharam juntos por décadas para se perpetuarem no poder.

Bolsonaro nunca teve um grande marqueteiro por trás da campanha eleitoral, ele conseguiu se manter original, sem filtro nas falas, muitas delas polêmica que causam debates até hoje. Foi controverso em muito momentos, porém, manteve sua integridade, honestidade e caráter em dia com seus eleitores. O deputado costuma dizer que " honestidade não é virtude, é obrigação". Os demais candidatos com toda a estrutura e poder econômico disponível, não levaram em consideração os valores e princípios da sociedade que não tem um amplo conhecimento político e econômico, contudo entende perfeitamente a linguagem da moral, da ordem e da religião. Bolsonaro triunfou onde muitos políticos fracassaram por acharem que podem mudar os princípios pétreos da nação.

Texto: Hélio Barrés
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